No seu primeiro mês de atendimento lúdico, recebemos escolas municipais de educação infantil, séries iniciais e educação especial.
Foram encontros lúdicos maravilhosos, de muita aprendizagem para nós, para os professores e para as crianças. Pois somos um espaço em constante construção e transformação. A educação é processo contínuo de aprendizagem do ser humano, pelo qual ninguém está pronto e em que somos, como afirma Alícia Fernandes (psicopedagoga argentina), " ensinantes- aprendizes e aprendizes-ensinantes".
Escola M.E.I Pequeno Aprendiz (4 a 5 anos)
RITUAL DE ACOLHIDA
Apresentação da Brinquedoteca, seus setores lúdicos e acordos, regras de convivência social do brincar.
SETOR LÚDICO AFETIVO (VIDA PRÁTICA)
SETOR DO MUNDO TÉCNICO (PROFISSÕES)
RITUAL DE REFLEXÃO E DESPEDIDA
Cantamos com as crianças o Fado português criado por crianças da Escola da Ponte (Portugal) e disponível no youtube.
São dois braços, são dois braços,
Servem pra dar um abraço,
Assim como quatro braços
Servem pra dar dois abraços.
E assim por aí fora,
quando for chegada a hora
Serão tantos os abraços
Que não vão chegar os braços,
Pros abraços!
ESPIRAL DO BRINCAR
As crianças, na saída para o retorno à escola, percorrem a trilha do nosso jardim em espiral, onde elas podem contemplar as flores que são cuidadas com muito carinho pela comunidade da Praia do Barco, pela Valéria, integrante de nossa equipe e pelo Tarcísio da Secretaria de Educação.
ESCOLA M.E.ESPECIAL ANA BAUER FELÍCIO
Brincando no setor criativo
Brincando com brinquedos psicomotores
Recebemos crianças, adolescentes e adultos especiais
Oferecemos uma Oficina de Musicalização para os adultos finalizando com a construção de um instrumento musical- o ganzá (que é um instrumento de percurssão de origem africana, funciona por agitação - idiofone)
Na musicalização orientada pela prof. brinquedista Giselle, tratou-se dos sons percurssionistas advindos de instrumentos africanos feitos com materiais da natureza- sementes, cascas de árvore, madeira)
ESCOLA M.E.F. PRUDENTE DE MORAES
Já recebemos todos os alunos de séries iniciais de Curumim. Foram encontros muito produtivos, principalmente o nosso momento de compartilhar o lanche que chamamos de Pic-Nic, ao som dos passarinhos que cantam o tempo todo no telhado da brinquedoteca.
Prof. Giselle serve o lanche para oferecer a um visitante, assim ocorreu com os outros, todos serviram alguém e, o mais interessante é que o grupo esperou que todos estivessem servidos para poder se alimentar. Foi um momento mágico!! Enquanto isso...
Os passarinhos cantavam.
Ao entregar o lanche os colegas se abraçavam. Muito lindo!!! Mas antes do PICNIC, houve muita brincadeira, concentração, pesquisa, pois brincando é que se aprende...
Concentração e investigação no Jogo do Cara-a-Cara
Aprendendo a medir a pressão arterial e brincando de médico.
Aprendemos com os pequenos todos os dias, que não existem diferenças quando lhes é oferecido diversidade em experiências...
(um dos meninos é deficiente visual, pergunto a você...
qual dos dois?)
Confirmamos todos os dias que a criança não é uma garrafa vazia a ser preenchida, mas uma chama que deve ser nutrida para que não se apague (Donald Winnicott)...
ESCOLA M.E.F. MÁRIO CURTINOVE
Esta escola é nossa vizinha e também nosso público de atendimento fixo, juntamente com a Escola E.E. Ana Bauer Felício.
Este atendimento favorece nossas pesquisas a cerca da evolução comportamental, emocional e cognitiva das crianças frequentadoras desta brinquedoteca, dando-nos aporte teórico e referencial para planejamento, avaliação e resultados do trabalho lúdico junto a alunos e professores.
Esta atividade chama-se pinçar, onde a criança separa com o uso de uma pinça as miçangas brancas das escuras colocando-as em garrafinhas diferentes. Este desafio ofereceu estado de alerta e atenção ao menino por quase meia hora. Um menino que, aparecentemente não se concentrava em nada.
Fantástico! Tivemos uma aula sobre paleontologia com este menino do 1º ano. Ele lê as indicações científicas do pequeno livro que acompanha o material composto por diferentes dinossauros. Cada ficha revela o nome do dinossauro e seu significado, Era em que viveu, filos, gênero, espécie, etc. Comenta com o colega: Cara, esse é o braquiossauro! Ele é da Era Jurássica e é herbívoro! Sabe o que é isso? Ele só come vegetais. Que shoow!
Me pergunto então: por que não oferecemos às crianças o que eles gostam e desenvolvemos as habilidades que eles precisam? Esse menino leu fluentemente palavras difíceis sobre os dinossauros que eu (prof.) não consigo ler rapidamente.
Eles adoram ciência!
Com autonomia, eles buscam conhecimento, revistas que trazem leituras diferentes do cotidiano. Nossas salas de aula precisam oferecer um ambiente que instigue, que promova a curiosidade. Ambiente que acolha seus desejos de se alimentar do que é interessante para os alunos.
As brinquedistas, no momento dirigido que acontece no final do encontro lúdico, apresentam um material que ainda não foi explorado pelas crianças. Neste dia apresentei a caixa de areia de desenhar com o dedo. Cada criança teve a oportunidade de desenhar uma letra ou número que eu apresentava e todos emitiam juntos o som da letra.
É importante mostrar diferentes formas de escrita, a de fôrma ou palito, a cursiva, arial.
Outra atividade muito explorada na Brinquedoteca é o canto da pintura, que fica no setor criativo da mesma. Algumas crianças referem nunca ter pintado com pincel.
ESCOLA M.E.F. LUIS CLÁUDIO MAGNANTE
Um objeto muito importante na Brinquedoteca é o tapete das descobertas como é chamado pelas brinquedistas e pelas crianças. É um espaço organizador do brincar, nele está preservado este espaço de conhecimento e exploração dos objetos lúdicos. O brinquedo comunica com a criança o que ele oferece. O aluno vivencia, classifica, organiza, descobre as possibilidades do brinquedo, inventa variações para o uso.
Aprendizagem só pode ser significativa.
Se não tiver significado para a criança, não será apreendida.
O objeto deve convidar ao desafio.
ESCOLA M.E.F. CÍCERO BROGNI
Desafios, situações-problema. Na simplicidade do desafio de versar o líquido de uma garrafa para a outra, se encontra a atenção, a concentração e os músculos tensos na busca da execução perfeita.
A apresentação do material também instiga à curiosidade e se torna alvo do exploratório. O objeto tridimensional, palpável, a figura e o recurso escrito sobre o objeto, leva a investigação sobre o concreto, deixando de ser irreal ao olho, ao toque.
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